terça-feira, 29 de novembro de 2011

Vou Casar. E agora? (O Casado)

                                                          Foto: Paraorkut9.org



Eu era um jovem de 19 anos, namorava uma jovem de 17, por quem era apenas apaixonado, não tinha a certeza ainda de que a amava. Porém, numa certa tarde, fui à sua casa, percebi que estávamos a sós, não havia ainda me tocado que era plano dela. Após alguns minutos de conversa e trocas de carinho, ela me disse que precisava ir até o quarto, concordei, e ela foi.  Depois de alguns instantes, a porta do quarto se abriu, e lá estava ela, bela, linda, virgem e nua, totalmente pronta a envolver-se em meus braços, em um ato que, para nós, como apenas namorados e cristãos, era ilícito, pois sabíamos que Deus condena a fornicação, o sexo antes do casamento.

Então, como eu ainda não tinha a certeza de que era com ela que eu queria me casar, e sabia que no meio em que vivíamos uma virgem que se entrega ao seu namorado e não se casa, não é vista com bons olhos, resolvi, com muita pena, rejeitar o seu convite e pedi a ela que se vestisse.

Eu fui um jovem, que me converti ao evangelho aos 13 anos, uma época difícil. Tinha noção do que Deus quer para um jovem, mas só pensava em namorar. Namorei muito, inclusive com essa moça, acabei e voltei por várias vezes, é tanto que as pessoas sempre falavam que nós iríamos findar nos casando. Por causa dessa brincadeira com seus sentimentos, foi que eu me conscientizei e resolvi não aceitar sua entrega.

Continuei namorando-a, e percebi que aquela paixão a cada dia aumentava, e eu estava me envolvendo muito com ela. Vale salientar que, antes de  voltar a namorá-la, eu, que brinquei muito com seus sentimentos, estava sofrendo por um amor, uma namorada que a antecedeu, e voltamos porque ela me disse que estaria disposta a fazer com que eu a esquecesse.

Bem, mesmo sabendo que eu ainda não a amava, ela resolveu entregar-se novamente pra mim, e dessa vez, como não sou de ferro, não resisti ao seu convite, e transamos. Quando concluímos, disse pra ela: E agora? Eu sempre a admirei muito, por sua coragem em lutar pelo que quer e pelo amor  que sempre me dedicou, por isso, não quis deixá-la na mão, e me dispus a casar com ela. Então, no dia 17 de Janeiro de 1998, eu com 20 e ela com 18 anos,   resolvemos nos entregar ao matrimônio, prometendo amor, fidelidade, zelo e tudo mais que os noivos prometem  um para o outro. 

Confesso que minha esposa e eu nos arriscamos muito, em algo que ainda não sabíamos se ia dar certo ou não. Mas o seu amor por mim sempre foi tão forte, tão intenso, que me preencheu. Sofremos um pouco no começo, mas  hoje eu posso dizer que a amo muito, não conseguiria viver sem ela. São 13 anos de muitas alegrias juntos, muitos momentos de prazer, temos um casal de filhos maravilhosos. Hoje, por aquela moça, por quem sofri por amá-la, consigo sentir apenas compaixão, pois ela demonstra publicamente que não é feliz em seu casamento. Ao contrário de mim, que, mesmo diante de tantas falhas, mesmo sem merecer, Deus me presenteou com uma mulher, uma esposa, uma companheira, que me deixa totalmente realizado, em todos os sentidos. Casar muito sério, é uma experiência muito difícil de lidar, é tudo novo, tudo diferente de quando se é solteiro, mas também muito gratificante, quando você acerta na pessoa com quem irá viver toda sua vida para frente, e eu, mesmo sem saber, acertei de cheio.

Por: Gilson Andrade (O Casado)

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