terça-feira, 29 de novembro de 2011

O Primeiro Filho: anseio e responsabilidade (O Casado)

                                         Foto: Prisimoesm.blogspot.com



Que sensação maravilhosa, sente o pai ou mãe de primeira viagem! É algo inexplicável saber que no ventre de sua esposa existe um pequeno ser,  totalmente dependente de Deus e de seus pais. A primeira vez que ouvimos o barulho de seu coraçãozinho, o primeiro movimento que sentimos ao tocar a barriga são realmente motivos de muita emoção.

Quando solteiro e adolescente, dizia que queria ser pai muito  cedo,  que queria passar pela experiência com, no máximo 18 anos. Porém, chegando à esta idade, já com a mente mais adulta, percebi que isso não passava de um sonho bobo de adolescente.

Ao me casar, com quase 21 anos, senti o desejo de que este ato divino logo acontecesse em minha vida, mas as coisas não são bem assim como queremos. Após seis meses de casado, sem usar nenhum tipo de anticoncepcional, comecei a achar um pouco estranho a ausência da gravidez. Foi aí então, que resolvi procurar um médico, que me orientou a fazer um exame chamado espermograma, o qual tive que fazer por duas vezes, pois tinha que me abster do sexo por 5 dias, e a lua de mel não permitiu na primeira vez. Bem, depois que consegui fazer direitinho, o médico viu e me disse que comigo estava tudo bem, e me passou um exame mais detalhado, “doopler colorido da bolsa escrotal”. Como eu estava muito ansioso, resolvi fazer, e resultou também em normalidade.  Minha esposa já havia feito seus exames, e tudo estava normal também com ela.

O médico nos informou que precisávamos esquecer um pouco essa história de filho, e com certo tempo aconteceria. Ocorreu de tudo: menstruação atrasou, barriga cresceu um pouco, ela sentia enjôos, tudo psicológico. Foi quando conversamos e resolvemos esquecer.

Certo dia, ela começou a enjoar de novo, e eu preferi nem me animar. Mas após umas duas semanas, entrei no nosso quarto e lá estava um envelope, e eu, curioso o li, e estava escrito seu nome, teste de gravidez, positivo. Nossa,  aquilo para mim trouxe uma alegria tamanha, que não me controlei de emoção. Quando ela chegou ao quarto, as lagrimam fluíram mais intensamente. Logo após, radiante, fui logo ao comércio, comprar pelo menos sua primeira roupinha. Lembro-me que era um macacão comprido, de cor azul, pois eu tinha a certeza de que viria um menino.

Os dias foram se passando, e a bela barriga ficando cada dia maior. A responsabilidade bateu em minha porta, coisa que eu não tinha comigo até então. Fomos juntos ver cada detalhe do enxoval: quarto, roupas, utensílios etc. E no dia 30 de junho de 2000, às 13h47min, minha maravilhosa esposa deu a luz um lindo menino. Queria muito ter presenciado o nascimento, porém minha falta de coragem e experiência não deixou. Quando ela me contou como foi, pois o parto foi fórceps – tipo muito complicado. Decidi que no próximo estaria com ela.

Disse e cumpri. Quando nossa linda menina, segundo filho,  nasceu, em 2005, eu estive a todo instante  ao lado dela. Desde a entrada até a saída da maternidade. Confesso que houve um momento onde achei  que a obstetra ia quebrar o pescoço de minha filha, mas eu me controlei, pois acreditava que ela sabia o que estava fazendo.
As coisas de Deus são inexplicáveis. O meu primeiro filho, já tem onze anos, mas até hoje, eu ainda não entendo como Deus colocou essas duas heranças preciosas em minhas mãos, e ai de mim, se não executar bem o meu papel de pai. 

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Por: Gilson Andrade (O Casado)

Um comentário:

  1. O primeiro filho não e nada fácil, quando cai a ficha percebemos a grande responsabilidade.

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